: NONA ENFERMARIA: CLÍNICA MÉDICA: novembro 2009

sábado, 28 de novembro de 2009

Diretrizes Brasileiras de Fibrilação Atrial

64º Congresso Brasileiro de Cardiologia - Salvador 2009
Diretrizes Brasileiras de Fibrilação Atrial
clique e baixe em seu computador(pdf)
http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2009/diretriz_fa_92supl01.pdf

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Infecções pulmonares

clique no link abaixo, e depois em "...start download"

sábado, 14 de novembro de 2009

Paralisia facial périférica por trauma


Paralisia facial périférica causada por trauma.
Leia mais sobre PARALISIA FACIAL em matéria publicada no blog em 28 de julho de 2009.





segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Câncer de próstata: diagnóstico precoce

Diagnóstico precoce de câncer de próstata.
Uma sugestão de Screening
Dr. Bruno Nahoum – Oncologista Clínico
Oncotrat Oncologia Médica

O câncer de próstata é a segunda causa de óbito por câncer na população masculina, sendo superado apenas pelo câncer de pulmão.

O aumento observado na sua incidência pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos, pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento da expectativa de vida do brasileiro. Acredita-se que, 1 em cada 6 homens desenvolverá câncer de próstata durante sua vida, mas somente 3% destes irá falecer como conseqüência direta dele.

Alguns estudos mostram que muitos casos de câncer de próstata nunca se tornam clinicamente evidentes. Estes dados sugerem que este tipo de câncer muitas vezes cresce tão lentamente, que a maioria dos homens vem a falecer de outras causas antes que o tumor se torne clinicamente avançado, por isso, o programa de screening ideal deveria ser capaz de identificar homens assintomáticos, com tumores agressivos e localizados, tornando possível a redução substancial da morbidade e mortalidade deste tumor.

A utilização do PSA (antígeno prostático específico), introduzido inicialmente como um marcador bioquímico para detectar a recorrência ou a progressão da doença após o tratamento radical (p.ex: cirurgia), claramente revolucionou o screening do câncer de próstata, levando a um aumento vertiginoso no número de casos detectados numa fase precoce. Curiosamente, a eficácia do screening é controversa, uma vez que ainda não houve um estudo capaz de mostrar redução na mortalidade pelo câncer de próstata. Apesar disso, este rastreamento é prática muito comum nos hospitais gerais e na clínica privada. A análise conjunta do resultado da dosagem do PSA e do exame de toque retal, realizado por profissional experiente, é o pilar do processo de screening. O exame de ultra-sonografia transretal é útil para orientar a biópsia prostática em casos suspeitos. Atualmente a biópsia prostática pode ser realizada sem a necessidade de internação hospitalar, auxiliada pelo uso do ultra-som. Normalmente realizam-se biópsias das áreas suspeitas e biópsias randomizadas de outras áreas aparentemente normais.

Não temos neste texto, o objetivo de discutir as limitações dos métodos diagnósticos, mas sim, fornecer uma sugestão de acompanhamento periódico, baseado nas recomendações de algumas sociedades médicas brasileiras e do exterior, e na opinião de especialistas no assunto. Lembramos que todas as decisões na área médica devem ser tomadas em bases individuais e de maneira criteriosa, julgando e informando o paciente sobre os riscos/benefícios, e não desconsiderando o impacto econômico associado.

•O screening deve ser oferecido para homens com mais de 50 anos. Para homens de raça negra e para aqueles com histórico familiar da doença, a partir de 40-45 anos, desde que não haja comorbidades clínicas que limitem a expectativa de vida para menos de 10 anos.
•Quando a decisão de fazer o screening é tomada, sugerimos que sejam realizados exame de toque retal e a dosagem do PSA com a seguinte periodicidade:

•Exame de toque retal anualmente, independente do PSA
•Dosagem anual de PSA em homens com PSA>= 1.0 ng/ml
•Dosagem de PSA a cada 4 anos em homens com PSA <= 1.0ng/ml. •Sugerimos que o screening seja realizado até os 75 anos ou que seja interrompido caso a expectativa de vida seja bem inferior a 10 anos. A interrupção do screening aos 65 anos pode ser discutida individualmente caso o PSA seja<= 1.0 ng/ml. •Homens com exame de toque retal anormal ou níveis de PSA >= 7.0ng/ml devem ser encaminhados para exame de Ultra-som transretal com biópsia sem a necessidade de testes adicionais.
•Sugerimos que homens com níveis de PSA entre 4.0ng/ml e 7.0ng/ml sejam submetidos a nova dosagem de PSA dentro de algumas semanas. Antes deste novo teste, devem se abster de ejacular e de andar de bicicleta por pelo menos 48 horas. Homens com suspeita de prostatite devem ser tratados com antibióticos apropriados antes de fazer novos exames. Homens com PSA repetidamente acima de 4.0ng/ml devem ser encaminhados para exame de biópsia guiada por Ultra-som transretal.
•Homens com PSA abaixo de 4.0ng/ml e exame de toque retal normal não devem ser normalmente submetidos a biópsia. Entretanto, sugerimos que homens que tenham um aumento nos níveis de PSA maior que 0,75ng/ml (baseados em pelo menos 3 medidas), sejam encaminhados para biópsia.
Outras informações sobre a recomendação e a aplicabilidade do screening poderão ser direcionadas, ao site http://www.oncotrat.com.br/ .

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Herpes Zoster oftalmico

Homem de 62 anos apresentou dor retro-orbitaria aguda, de grande intensidade há uma semana. O exame físico na época não revelou anormalidades.
Três dias após, notou visão dupla , e no dia seguinte a presença de “erupção” cutanea na testa. Novamente examinado, observou-se que o paciente apresentava edema da pálpebra superior esquerda, congestão conjuntival e restrição do movimento de abdução do olho esquerdo, por paralisia do sexto par craniano esquerdo (direita, centro e esquerda olhar; Painéis A, B e C, respectivamente,na foto ao lado), além de diplopia binocular horizontal. Apresentava eritema e lesões vesiculares distribuída pela área frontal esquerda. O restante do exame oftalmológico, incluindo movimentos extraoculares, acuidade visual, campo visual, avaliação pupilar, e fundo de olho, foi normal. O nível de glicose no sangue, a velocidade de hemossedimentação, e nível de proteína C-reativa foram normais. A tomografia computadorizada mostrava edema da mucosa dos seios paranasais e órbitas, mas foi repetida e sendo normal. O diagnóstico de herpes zoster oftálmico foi feito. O paciente foi tratado com gabapentina e aciclovir por uma semana. Seis semanas depois, havia diplopia residual mínima, sem a neuralgia pós-herpética. É importante que esse diagnóstico seja feito cedo, para minimizar complicações como úlcera de córnea e uveíte, que podem ameaçar a visão.
Referência:
NEJM. IMAGES IN CLINICAL MEDICINE, Volume 353:e14, October 20, 2005 Number 16
Edward Jude, M.D., M.R.C.P.
Amiya Chakraborty, M.R.C.P.
Tameside General Hospital
Ashton-under-Lyne OL6 9RW,
United Kingdom

Nota do editor:
Gostaria de comentar este caso, pois me parece que este paciente apresenta redução da fenda palpebral homológa a lesão não decorrente somente de edema, e apesar de não ser possível a avaliação pupilar pela foto, acho pertinente a colocação da síndrome de Horner secundaria ao Zoster oftálmico, como possibilidade diagnóstica, apesar de ser rara.
Recomendo a leitura da referência abaixo:

1. Tola-Arribas M A; Zarco-Tejada J M; Marco-Llorente J . Sindrome de Horner secundario a herpes zoster oftalmico. Rev Neurol. 1997 Dec;25(148):1922-4.

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