: NONA ENFERMARIA: CLÍNICA MÉDICA: 2011

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Macrolídeos X DPOC: uso preventivo

Papel dos macrolídeos na prevenção de exacerbações em pacientes com DPOC

Há menos de 1 ano, foi publicado nos boletins do PneumoAtual, materia sobre o promissor, mas ainda controverso, papel dos macrolídeos no tratamento da DPOC e da asma.
A DPOC é uma doença em cuja história natural se espera a ocorrência de exacerbações, definidas como alterações nos níveis basais de dispneia, tosse e/ou expectoração, além das variações normais do dia-a-dia, de instalação aguda e que requerem alterações nas medicações em curso. Diferentes tratamentos de manutenção, como os bea-2 agonistas e os anticolinérgicos de ação prolongada, os corticoides inalatórios e os inibidores da fosfodiesterase 4, isoladamente ou em associações entre eles, comprovadamente reduzem as exacerbações, mas mesmo com o emprego de todos eles elas continuam a ocorrer em frequências elevadas, comprometendo a função pulmonar e a qualidade de vida e aumentando os gastos com a doença. Além disso, sabe-se que pacientes com maior número de exacerbações têm maior risco de óbito ao longo dos anos. Por tudo isso, novas opções terapêuticas de redução das exacerbações continuam a ser estudadas, entre elas os macrolídeos.
Os macrolídeos, além de serem largamente utilizados em infecções respiratórias, visto que apresentam boa biodisponibilidade após uso por via oral, excelente penetração tecidual e ação contra os principais patógenos envolvidos (S. pneumoniae, H. influenzae, M. catarrhalis, Mycoplasma pneumoniae, Chlamydia pneumoniae, Legionella spp), apresentam comprovados efeitos imunomoduladores e anti-inflamatórios, os quais ocorrem em doses mais baixas das normalmente empregadas.
Até 2011, sete estudos tinham avaliado a capacidade dos macrolídeos de reduzir as exacerbações de DPOC, mas todos eles com limitações importantes em seus métodos (ex. pequeno número de pacientes, curto período de seguimento, ausência de grupo controle, estudo não cego), fazendo com que a ideia geral que passavam de benefícios em relação a este desfecho não pudesse ser encarada como evidência de nível científico adequado. Dentre estes trabalhos, o de melhor rigor foi conduzido com 109 pacientes com DPOC moderada ou grave (VEF1 entre 30% e 70%), acompanhados em regime ambulatorial em 2 hospitais de Londres. Eles foram randomizados a receber, de forma duplo-cega, eritromicina (250 mg 2 vezes ao dia, n=53) ou placebo (n=56), durante 12 meses. O risco de exacerbação entre os pacientes tratados com eritromicina, em comparação com o placebo, foi de 0,65 (IC-95%=0,50-0,86, p=0,003), sendo o tempo médio para ocorrência da primeira exacerbação de 271 dias no grupo eritromicina versus 89 dias no grupo controle (p=0,020). Os eventos adversos ocorreram em proporções baixas e semelhantes nos dois grupos. Os autores concluíram que o tratamento por 1 ano com eritromicina foi bem tolerado e se mostrou eficaz em reduzir as exacerbações em pacientes com DPOC moderada ou grave.
Em agosto de 2011, foram publicados os resultados de um trabalho patrocinado pelo Instituto nacional de Coração, Pulmão e Sangue (National Heart, Lung, and Blood Institute - NHLBI, dos EUA), que melhoraram as evidências no assunto. Neste estudo multicêntrico (17 centros localizados nos EUA), prospectivo, randomizado, duplo-cego, controlado com placebo, foram avaliados pacientes com idade igual ou maior que 40 anos e com diagnóstico clínico de DPOC, definido pela história de tabagismo de pelo menos 10 anos/maço e relação VEF1/CVF menor que 0,7 e VEF1 pós broncodilatador menor que 80% do predito. Os pacientes deveriam ainda apresentar pelo menos um dos seguintes critérios de gravidade: uso de oxigenoterapia domiciliar, tratamento com corticoide sistêmico no último ano, atendimento em pronto socorro ou internação por exacerbação de DPOC no último ano. Os critérios de exclusão foram: exacerbação de DPOC nas últimas quatro semanas anteriores à randomização, asma, frequência cardíaca de repouso acima de 100 bpm, intervalo QT corrigido prolongado (>450 ms), uso de medicações que prolongam o intervalo QT ou se associe a torsades de pointes (exceto amiodarona), comprometimento auditivo comprovado por audiometria. Os pacientes incluídos foram randomizados a receberem azitromicina (250 mg 1 vez ao dia) ou placebo e foram acompanhados por 1 ano. O desfecho primário avaliado foi o tempo para a ocorrência da primeira exacerbação de DPOC, definida pelo surgimento de um ou mais sintomas respiratórios (tosse, expectoração, sibilos, dispneia, dor torácica), com duração de pelo menos três dias e com necessidade de tratamento com corticóide ou antibiótico. Outros desfechos avaliados foram: qualidade de vida (St George´s Respiratory Questionnaire - SGRQ - e SF-36), colonização da orofaringe por estafilococo, pneumococo, hemófilo ou moraxela, adesão à medicação prescrita, surgimento ou piora de acuidade auditiva ou tinido ("zumbido").
Foram incluídos 1117 pacientes, 558 no grupo azitromicina e 559 no placebo, sendo que as características demográficas, de gravidade da DPOC, de ocorrências prévias de exacerbações e de tratamentos em curso para a doença eram semelhantes entre os dois grupos. O tempo médio para a primeira exacerbação foi maior entre os pacientes que receberam azitromicina: mediana de 266 dias vs. 174 dias no grupo placebo (p<0,001). A taxa de exacerbação de DPOC por paciente por ano foi de 1,48 no grupo azitromicina e de 1,83 no placebo (p=0,01), sendo que o risco de exacerbação por paciente por ano no grupo azitromicina, em comparação com o placebo, foi de 0,73 (IC-95%=0,63 a 0,84, p<0,001), resultado que se manteve significante mesmo após ajuste para idade, sexo, VEF1, estado de tabagismo e centro estudado. Um desfecho que tem sido valorizado em ensaios clínicos é o número de pacientes que precisam ser tratados para que o evento, neste caso a exacerbação, seja preveindo. Neste estudo, o tratamento de 2,8 pacientes previne a ocorrência de 1 exacerbação, número bastante baixo e que sugere uma boa relação custo-efetividade. A taxa de óbito por qualquer causa foi semelhante entre os grupos (3% no azitromicina e 4% no placebo, p=0,87), o mesmo ocorrendo em relação aos óbitos apenas por causas respiratórias (2% e 1%, respectivamente, p=0,48). A ausência de impacto sobre a mortalidade já era esperada neste estudo, visto que as taxas de óbito em 1 ano foram pequenas e, assim, o tamanho da amostra não teve poder suficiente para mostrar diferenças.
Em relação aos desfechos secundários, a azitromicina, em comparação com o placebo, determinou melhora na qualidade de vida medida pelo SGRQ, mas não pelo SF-36. Mesmo assim, a melhora no SGRQ não alcançou a magnitude considerada como de relevância clínica. Embora a ocorrência de eventos adversos sérios ou associados a descontinuação do tratamento tenha sido semelhante entre os grupos, o tratamento com azitromicina associou-se a redução da audição medida por audiometria em 25% dos pacientes, contra 20% no grupo placebo (p=0,04). Durante o estudo, entre os pacientes que não estavam inicialmente colonizados em suas vias aéreas, 12% no grupo azitromicina e 31% no grupo placebo tornaram-se colonizados (p<0,001), entretanto, entre os patógenos isolados, a resistência aos macrolídeos ocorreu em 81% no grupo azitromicina e 41% no placebo (p<0,001).
De uma forma geral, os autores demonstraram que o uso diário de 250 mg de azitromicina em pacientes com DPOC e com as características descritas reduz a ocorrência de exacerbações, mas com o risco potencial de perda auditiva e de colonização das vias aéreas por patógenos resistentes aos macrolídeos. Em relação à perda auditiva, os autores acreditam que possam ter sido rigorosos nos critérios para sua caracterização, mas é claro que é uma preocupação que deverá ser esclarecida em estudos futuros ou monitorada no eventual uso deste tratamento. Já em relação ao risco de emergência de cepas resistentes, trata-se um receio que sempre se deve ter quando antibióticos são empregados por tempo prolongado, tanto em relação àquele paciente isoladamente, quanto em relação a toda comunidade. Por outro lado, reduzindo-se as exacerbações, reduz-se o uso de antibióticos para seu tratamento, fazendo com que o resultado final, inclusive de resistência a outros antimicrobianos, precise ser estudado.
É claro que várias perguntas ainda precisam ser respondidas em relação ao real papel da azitromicina na prevenção de exacerbações na DPOC. Por exemplo, qual será a segurança deste tratamento em períodos mais prolongados, visto que a DPOC é irreversível? Será que doses menores ou espaçamentos maiores (ex. dias alternados, três vezes por semana) são igualmente eficazes? O uso em apenas alguns meses do ano (ex. durante o inverno) é útil? Será que o impacto sobre o surgimento de patógenos resistentes nos pacientes e na população aumentará com o uso mais prolongado? Entretanto, os resultados deste estudo já nos permitem considerar o uso da azitromicina para pacientes que, a despeito do tratamento convencional da DPOC, continuam com exacerbações frequentes.


Leitura recomendada
Albert RK et al. Azythromycin for prevention of exacerbations of COPD. N Engl J Med 2011;365:689-98.
Celli BR. MacNee W. Standards for the diagnosis and treatment of patients with COPD: a summary of the ATS/ERS position paper. Eur Respir J 2004;.23:932-946.
Seemungal TAR. Wilkinson TMA. Hurst JR. Perera WR. Sapsford RJ. Wedzicha JA. Long term erythromycin therapy is associated with decreased chronic obstructive pulmonary disease exacerbations. Am J Respir Crit Care Med 2008;178:1139-1147.
Siafakas N. Preventing exacerbations of COPD. N Engl J Med 2011;365: N Engl J Med 2011;365:689-98.753-4.


Editoria PneumoAtual: http://www.pneumoatual.com.br/

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

HISTÓRIA DO DIAGNÓSTICO CLÍNICO

HISTÓRIA DO DIAGNÓSTICO CLÍNICO


Paulo Tubino
Professor titular da Universidade de Brasília, chefe do Centro de Pediatria Cirúrgica do Hospital Universitário de Brasília.

Elaine Maria de Oliveira Alves
Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Brasília,responsável pelo setor de Videolaparoscopia de Cirurgia Pediátrica do Hospital Universitário de Brasília.

Do Dicionário Michaellis, 2000: semeion = sinal; logos = estudo. Semiologia: ciência dos sinais e arte de empregá-los.
Em medicina: ramo da medicina que trata dos sintomas; sintomatologia. Do Dicionário Médico Manuila, 9.ª edição, 2003: semiologia – parte da medicina que estuda os sintomas e os sinais manifestados pela lesão de um órgão ou pelos distúrbios de uma função.
Com o conhecimento científico crescente, a facilidade de acesso às informações científicas e a tecnologia atual para diagnóstico e tratamento, fica difícil resistir à tentação de “economizar tempo”. No entanto, sempre será fundamental a presença do médico de “carne e osso” e alma. O médico, com sua capacidade de pensar, perguntar, ouvir, sentir, olhar, tocar e examinar o paciente, é o instrumento diagnóstico mais poderoso que temos (e, algumas vezes, já terapêutico...).
A tecnologia avançada possibilita informações importantes e decisivas, mas só válidas se usadas com inteligência e sensibilidade. Os aparelhos não avaliam uma parte fundamental de nossos pacientes: os fenômenos da mente que tanto influenciam o corpo. O exame físico, ou melhor, o exame do paciente continua indispensável: método clínico.
A medicina, na sua pré-história, teve origens em práticas mágicas e religiosas. Desde os primeiros tempos houve a tentativa do ser humano para lutar contra a doença. O temor da morte e das enfermidades fez o homem se interessar, desde os primórdios da sua história, pela natureza da vida propriamente dita. Sem nada poder fazer, observou seus semelhantes serem destruídos por forças de origem desconhecida.
Havia a convicção de que a morte e as doenças eram obras do demônio e que as coisas boas e prazerosas eram advindas de divindades gentis e generosas. Eram associados ao demônio outros fenômenos como tempestades, escuridão, noites sem lua, etc. Apareceram feiticeiros que tinham conhecimento sobre estrelas, propriedades curativas de ervas e venenos, que acalmariam os demônios.
Assim, o início da medicina foi de magia e suas práticas eram instintivas e empíricas.

MESOPOTÂMIA


A civilização suméria floresceu há 6.000 anos em Ur, na Mesopotâmia, e é de onde temos a mais antiga manifestação médica conhecida. Era baseada na astrologia e os distúrbios do corpo eram regidos pela relação entre os movimentos das estrelas e as estações.
A medicina entre os assírios e babilônios era prerrogativa dos sacerdotes, que tinham
responsabilidades perante Deus. Os cirurgiões respondiam ao Estado pelo que faziam. O grande rei Hamurabi (1948-1905 a.C.), com seu código foi o primeiro a definir a responsabilidade civil e criminal das profissões.

Código de Hamurabi
Artigo 215: “Se o médico faz uma operação grande ou cura um olho doente, ele receberá dez shekels de prata. Se o paciente é um homem livre, ele pagará cinco shekels. Se ele é um escravo, então seu proprietário pagará dois shekels em seu benefício. Mas se o paciente perder sua vida ou um olho na operação, então as mãos do médico serão cortadas.”
Os sintomas eram descritos em peças de argila. Descrição de tuberculose pulmonar: “O paciente tosse muito, sua saliva algumas vezes tem sangue, sua respiração soa como uma flauta. Sua pele é fria e úmida, mas seus pés são quentes. Ele transpira muito e seu coração tem ruídos tumultuados.”
Havia a crença de que o fígado era o centro da vida e a sede da alma (Figura 1).



Figura 1 – Modelo em barro de fígado de carneiro, com
inscrições, usado na Babilônia, para adivinhações e prognóstico
de doenças (séculos XIX a XVIII a.C.). British Museum,Londres.


EGITO


Em papiros médicos (1553 – 1550 a.C.) foram encontrados escritos de Imhotep, considerado o
Asclépio dos egípcios. Os egípcios achavam que a respiração era a função vital mais importante.
Consideravam que o coração era o centro da circulação, mas dependente da respiração.
Todas as curas eram atribuídas a deuses e codificadas por Toth, conhecido pelos gregos por
Hermes Trimegistus. Toth teria inventado as ciências e as artes.
Conta a mitologia que Horus vingou o assassinato de seu pai Osiris, lutando contra Seth, o
criminoso. Na luta Horus perde um olho que lhe é reposto por Toth, deus da saúde e da sabedoria,reconhecendo a devoção filial de Horus. O olho esquerdo de Horus lembra a letra R e por isto o R é escrito no início de toda receita, quando o médico invoca a proteção e a inspiração divinas para a prescrição (Figura 2).




Figura 2 – Olho de Hórus


HEBREUS


Para os antigos hebreus a doença representava a cólera de Deus contra os pecados dos homens. A saúde jamais seria perdida se os dez mandamentos fossem obedecidos. Constava de seu código de saúde:
- Durante a menstruação as mulheres eram consideradas impuras e não podiam ir aos templos.
- Pessoas portadoras de doenças infecciosas, como gonorréia e lepra, eram consideradas impuras assim como as pessoas que com elas tivessem contato.
Já tinham isolamentos. Operavam: fístulas; ânus imperfurado; luxações e fraturas; circuncisões; faziam cesarianas.


ÍNDIA


Era forte em cirurgia, mas fraca em anatomia pela proibição religiosa de cortar com uma faca. O
maior médico hindu, Susruta, aconselhava os médicos a mergulharem os corpos nos rios dentro de uma cesta; após sete dias de decomposição, o estudo das vísceras podia ser feito sem incisões, apenas abrindo-se as cavidades manualmente.
Cirurgia plástica: reconstrução do nariz (cortado nos casos de adultério).
Técnica diagnóstica aprimorada: inspeção; palpação; ausculta (coração, pulmões e abdome);
exame da pele e da língua.
Doenças: desequilíbrio entre três humores físicos (espírito, bile e fleugma) e humores morais.
Primeiro reconhecimento das doenças psicossomáticas.


CHINA


Lenda taoísta (pa kua): após o caos a ordem foi estabelecida baseada em dois pólos opostos: Yin
e Yang. A medicina se baseava nestes dois princípios, juntamente com o sangue. A doença era o
desequilíbrio dos dois princípios e a morte sobrevinha quando paravam de circular.
A dissecção dos mortos era proibida uma vez que somente com o corpo íntegro era possível se
juntar aos ancestrais. Mas os imperadores podiam conduzir investigações anatômicas.
Não aprofundavam a história clínica. Não faziam um exame físico completo. Concentravam-se
no exame do pulso, que era tomado de diferentes maneiras, levando a uma longa lista de variações.
Pulso: união de Yin e Yang com o sangue.
Para o exame físico das mulheres eram usadas bonecas de marfim.
Hua T’o, mais famoso cirurgião chinês, era especialista na castração: eunucos para proteger as
concubinas imperiais.


GRÉCIA


Ilíada de Homero: a mais antiga fonte de informações sobre a medicina grega, que não era
baseada em magia. Era independente e praticada por experts que retiravam flechas, dardos, paravam hemorragias, faziam curativos com bálsamos e usavam medicamentos extraídos de ervas.
Após Homero: influência oriental com aparecimento de encantos, demônios, adivinhos e
augúrios. Muitos deuses gregos passaram a se identificar com a cura. O culto de Asclépio se
desenvolveu com seu símbolo, a serpente - antiga representação de forças do submundo, sinal sagrado do deus da cura entre as tribos semíticas da Ásia Menor.
Na mitologia grega Asclépio (Esculápio), filho de Apolo e da ninfa Coronis, foi criado pelo
centauro Quiron que lhe ensinou o uso de plantas medicinais. Médico famoso, além de curar enfermos, começou a ressuscitar os que ele já encontrava mortos e, ultrapassando os limites de medicina, foi fulminado com um raio por Zeus. Após sua morte foi cultuado como deus da Medicina tanto na Grécia como no Império Romano. É sempre representado segurando um bastão com uma serpente em volta.
Higéia (deusa da saúde) era filha de Esculápio; daí a palavra higiene. Julgava-se que curava todas as doenças. Panacéia (deusa da farmácia) era sua irmã.
O tratamento nos templos de Esculápio se baseava em banhos e dietas.

Hipócrates
Nasceu, aproximadamente, em 460 a.C. na ilha de Cós e morreu em torno de 370 a.C. em Larissa,na Tessália. Impressionava pela aparência: rosto de nobre e corpo elegante.
Escritos de Hipócrates: Corpo Hipocrático ou Coleção Hipocrática; Escola Hipocrática.
Sistematizou o método clínico: inspeção e palpação apenas; observação objetiva dos fatos e rigor
moral. O médico devia se abster de qualquer especulação e se inspirar apenas no exame do paciente e de suas condições de vida. A aparência do paciente era observada detalhadamente.
Já fazia a ausculta pulmonar diretamente com o ouvido no tórax do paciente. Já fazia exame
vaginal e de outros orifícios do corpo com espéculos. Usava a palpação para observar a temperatura, assim como outras características das regiões corporais. O pulso era verificado, mas ainda não eraconsiderado importante. Usava o cheiro do paciente como dado para complementar a observação de suas condições.
Seus escritos eram livres de explicações religiosas e sobrenaturais.
Princípios do método hipocrático: observe tudo; estude o paciente mais do que a doença; avalie
com honestidade; observe e ajude a natureza.
Hipócrates descreveu o baqueteamento dos dedos como sinal de doenças crônicas.


OBSERVAÇÃO CLÍNICA



Foi com Hipócrates, portanto, que nasceu a observação clínica, incluindo a história da doença que leva o doente a procurar o médico, e o exame físico detalhado do paciente em busca de dados para a formulação do diagnóstico e do prognóstico. O exame físico que preconizava, como já mencionado,incluía a inspeção e a palpação. Mas há referências, em seus relatos, a ruídos ouvidos no tórax.
No século XVIII o exame físico foi enriquecido pela descoberta do médico austríaco Josef
Leopold Auenbrugger
(1722-1809). Em 1754, quando ainda era médico voluntário, ele idealizou o método da percussão do tórax para saber a condição dos órgãos intratorácicos pela variação dos sons.
Auenbrugger era músico e seus conhecimentos musicais colaboraram com sua descoberta.
Escreveu o libreto para uma ópera cômica de Antonio Salieri em 1781. Quando criança, percutia os barris de vinho da adega de seu pai para saber o quão cheios estavam. Em 1761 publicou o livro Inventum novum ex percussione thoracis humani ut signo abstrusos interni pectoris morbos detegendi(uma nova descoberta que habilita o médico a partir da percussão do tórax humano a detectar doençasescondidas dentro do tórax), reeditado em 1763 e 1775. Em 1843 foi feita a primeira tradução para o alemão, em Viena. Descreveu o sinal de Auenbrugger: abaulamento da região epigástrica em casos de efusão pericárdica extensa.
Jean-Nicolas Corvisart (1755-1821), cardiologista e médico pessoal de Napoleão, traduziu o livro de Auenbrugger e adotou sua técnica. Certa vez olhando um quadro disse: “Se o pintor estiver certo, este homem na pintura morreu de doença cardíaca”. Corvisart tinha razão. Napoleão concedeu-lhe o título de barão.
René Theophile Hyacinthe Laennec, discípulo mais importante de Corvisart, foi o inventor do estetoscópio e o primeiro a criar um sistema completo para o diagnóstico das afecções pulmonares e cardíacas. Até então a técnica de ausculta era encostar o ouvido no tórax do paciente.
Em 1816, Laennec, ainda jovem, examinava uma paciente com todos os sinais de doença
cardíaca. Diante da paciente, um pouco gorda, ficou inibido e enrolou uma folha de papel como se fosse um tubo e a usou para a ausculta. Para sua surpresa conseguiu auscultar perfeitamente o coração.
Decidiu-se depois por um tubo cilíndrico de 3,5 cm de diâmetro e 25 cm de comprimento. Era o
estetoscópio. Em 1819 publicou sua obra De la auscultation médiate.


Pulso: a palpação dos pulsos, especialmente do pulso radial, é um dos procedimentos clínicos
mais antigos da prática médica. Merece registro o conteúdo simbólico do gesto, com freqüência o
primeiro contato físico entre o médico e o paciente.


Termômetro: Galileu Galilei, em 1593, idealizou um termômetro rudimentar de água, que
permitia observar apenas as variações da temperatura. Até o começo do século XVII não havia como quantificar a temperatura corporal. Os primeiros termômetros, chamados termoscópios, foram idealizados por vários inventores, mas o italiano Santorio Santorio foi o primeiro a colocar uma escala no instrumento.
Santorio Santorio formou-se em medicina na Universidade de Pádua em 1582, aos 21 anos. Em 1611 foi escolhido para a cátedra de medicina teórica nesta mesma Universidade. Em 1614 propôs o termômetro para a medida da temperatura corporal.
Os mais famosos experimentos de Santorio Santorio foram sobre o peso corporal. Observou que
a maior parte do alimento e líquidos que consumia era perdida por poros de corpo, o que chamou de perspiração insensível (perspiratio insensibilis). Determinou, em sua balança, que a variação diária da massa corporal era de, aproximadamente, 1250 g.
Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736), físico alemão, inventou o termômetro a álcool (1709). Em 1724 introduziu a escala de temperatura que hoje leva seu nome.
Anders Celsius
(1701-1744),astrônomo sueco, inventou a escala de 100 graus - entre o ponto de congelação (zero) e o ponto de ebulição (100) da água pura ao nível do mar – em 1742. Atkin (1852) tornou o termômetro de menor espessura. Thomas Clifford Allbut (1870) fez o termômetro como é hoje.


Ludwig Traube (1818-1876) foi o introdutor do ensino da semiologia. Em 1853 tornou-se chefe do Departamento de Doenças Torácicas na Clínica Charité. Utilizou as curvas térmicas como rotina no método clínico e apresentou o primeiro gráfico de uma evolução febril, com o registro simultâneo de freqüência do pulso e da respiração.
Espaço de Traube: área de projeção do fundo gástrico na parede torácica; espaço em forma de
meia lua na altura do nono espaço intercostal esquerdo, ventralmente à linha axilar anterior, cuja percussão é timpânica normalmente. O som se torna maciço em casos de esplenomegalia.
Pierre Charles Alexandre Louis francês (1787-1872) foi o introdutor do método estatístico na medicina. Publicou trabalho comprovando, por método quantitativo, que as sangrias faziam mais mal do que bem (1835). Descreveu o ângulo de Louis (ângulo do esterno), onde se articula a 2.ª costela.
Joseph Skoda (1805—1881) correlacionou, em 1839, os dados de exame físico do tórax
(percussão e ausculta) com os achados de necropsia. Deu maior importância ao uso da percussão e preconizava uma descrição objetiva dos sinais clínicos. Em seu livro Abhandlung über Perkussion und Auskultation (1839), dizia que os fenômenos acústicos produzidos pela percussão não eram específicos deste ou daquele órgão, mas definidos pela quantidade de ar ou líquido existentes.
Hermann von Helmholtz (1821-1894) introduziu, em 1851-1852, o oftalmoscópio na prática médica.


Pressão arterial: Samuel Siegfried Karl Ritter von Basch (1837-1905) idealizou, em 1881, um esfigmomanômetro que consistia de uma bolsa com água conectada a um manômetro. Scipione Riva-Rocci (1863-1937) desenvolveu, em 1896, um esfigmomanômetro de vidro, cheio com mercúrio,conectado a um manguito insuflável com ar que colocado no braço comprimia a artéria braquial.
Nicolai Korotkoff, usando o estetoscópio, observou diferentes sons durante o enchimento e o
esvaziamento do manguito
Sons de Korotkoff ® cinco fases:
I. Aparecimento dos sons (sistólica).
II. Batimentos com murmúrio.
III. Desaparecimento do murmúrio.
IV. Abafamento dos sons.
V. Desaparecimento dos sons (diastólica).


Exames complementares



Rudolf L. K. Virchow (1821-1902): Die Celularpathologie (1858). Mostrou que era possível o
reconhecimento das afecções hematológicas pelo exame do esfregaço sangüíneo.
Louis Pasteur (1822-1895): microbiologia. Mostrou que microorganismos causam doenças e se
reproduzem, resultando no fim da teoria da geração espontânea. Definiu organismos aeróbios e
anaeróbios.
Wilhelm Konrad Roentgen (1845-1923): descobriu os raios-X em 1895. Recebeu o primeiro
Prêmio Nobel de física.O anúncio da descoberta dos raios-X foi ilustrado com a radiografia da mão da Sr.ª Roentgen.Pierre e Marie Curie, em 1898, após a descoberta da radioatividade por Becquerel, criaram as bases para a aplicação dos radioisótopos na medicina. Irene Curie (filha do casal Curie) e seu marido,
Frédéric Joliot, descobriram a radioatividade artificial em 1931.
Em 1940: primeiros aparelhos para captar o iodo radioativo fixado pela tireóide
Willem Einthoven (1860-1927), fisiologista holandês, construiu o primeiro eletrocardiógrafo em
1901.
Hans Berger (1873-1941): criou a eletroencefalografia em 1924.

Aforismos de William Osler:
_ Medicine is learned by the bedside and not in the classroom.
_ Make a thorough inspection. Never forget to look at the back of a patient. Always look at the
feet. Looking at a woman’s legs has often saved her life.
_ To study the phenomena of disease without books is to sail an uncharted sea, while to study
books without patients is not to go to sea at all.
_ The physician needs a clear head and a kind heart; his work is arduous and complex,
requiring the exercise of the very highest faculties of the mind, while constantly appealing to
the emotions and higher feelings.

“Não vos esqueçais, então, de que se toda a medicina não está na bondade, menos vale separada dela...”Miguel Couto (1865-1934)

Referência: Tubino P, Alves E. História do diagnóstico clínico, 2009.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Melanoma subungueal

Um homem de 37 anos apresenta-se com a unha do grande artelho do pé direito de coloração marrom escuro. O quadro teve inicio há quatro anos quando notou um trecho linear pigmentado sob da unha e ao longo do tempo aumentou em extensão e adquiriu aspecto enegrecido . Há dois meses a pigmentação escura começou a envolver o hiponíquio e pregas ungueais proximais e laterais. O exame clinico do paciente a exceção da unha do halux direito era normal, nada digno de nota na história pessoal e familiar foram detectadas. Os resultados obtidos em testes laboratoriais de rotina encontravam-se dentro dos limites normais. Uma biópsia incisional da matriz ungueal mostrou melanócitos atípicos e células inflamatórias ao longo da camada basal da epiderme, os resultados foram compativeis com melanoma acrolentiginoso in situ. O melanoma subungueal, uma variante do melanoma acrolentiginoso, surge a partir da matriz ungueal, mais comumente no grande artelho ou no dedo polegar.
Sinal de Hutchinson na unha é um importante indício clínico de melanoma subungueal e caracteriza-se pela extensão do pigmento marrom ou preto a partir do leito ungueal, da matriz e placa ungueal para a cutícula adjacente e dobra ungueal proximal ou lateral. O paciente foi submetido a amputação do dedo polegar, permanece saudável oito anos após 8 anos da intervenção.

Sook Jung Yun, M.D., Ph.D.
Seong-Jin Kim, M.D., Ph.D.
Chonnam National University Medical School, Gwangju, South Korea
sjyun@chonnam.ac.kr

Referência:
n engl j med 364;18 - nejm.org, may 5, 2011

Melanoníquia Longitudinal: Aspectos Gerais Para Diagnóstico
Nilton Di Chiacchio
Médico Assistente da Clínica de Dermatologia do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo.
Prof. Adjunto da Disciplina de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro.

A melanoníquia longitudinal (ML) tem como causa o pigmento de melanina na placa ungueal. É mais freqüentemente observada em indivíduos melanodérmicos, indicando a relação da melanogêneseda unha com a cor da pele. A incidência de ML é significativamente maior em pessoas de pele escura quando comparado com brancos. Aproximadamente 100% dos negros americanos tem ML acima dos 50 anos, ocorrendo em 20% dos japoneses e freqüentemente observado em hispânicos. Em brancos a incidência é de 1%, embora recentes
estudos sugerem um aumento da incidência. A ML aumenta com a idade, existindo relatos da possibilidade de acometimento em crianças ou mesmo formas congênitas. O polegar, indicador e halux são os dedos mais atingidos, provavelmente refletindo a causa traumática para essa patologia.

Principais diagnósticos diferenciais:
_ hematoma subungueal;
_ corpos estranhos;
_ infecções fúngicas causadas pelo Trycophyton rubrum, Cândida humicola e Wangiella dermatitidis;
_ infecções bacterianas que produzem pigmentação;
_ drogas como hidroxiuréia,minociclina, fluconazol e o 3’-azidodeoxitimidina (AZT);
_ tumores, entre eles o carcinoma basocelular, a doença de Bowen e o carcinoma espinocelular;
_ gravidez
_ Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, sendo independente da medicação (zidovudine), estando associada com melanodermia difusa e níveis elevados de alpha MSH;
_ Síndrome de Laugier-Hunziker (hiperpigmentação macular benigna da mucosa bucal e lábios e melanoníquia);
_ fatores como onicofagia, onicotilomania e friccional.
A importância do diagnóstico etiológico da ML é separar as lesões melanocíticas benignas (lentigos benignos, nevos, hiperplasia melanocítica benigna) e as de etiologia não melanocítica (hematomas, infecções fúngicas e bacterianas, farmacodermias etc.) da hiperplasia melanocítica atípica e melanoma subungueal.

Critérios de Diferenciação das Melanoníquias
1- Sinal de Hutchinson
O sinal de Hutchinson caracterizado pela coloração marrom ou preto no leito, matriz ou bordas ungueais não é patognomônico de melanoma, podendo estar ausente nessa condição. A certeza desse diagnóstico só é possível quando essa pigmentação está acompanhada de ulceração do leito e/ou granuloma. O sinal reflete o crescimento radial do tumor porém necessita de confirmação histopatológica sem o que torna-se um sinal apenas presuntivo. Pode aparecer em condições benignas denominado de "pseudo-sinal", na doença de Bowen ou por transparência nos nevos melanocíticos benignos da matriz ungueal.

2 – Regra do "ABCDEF"
Algumas tentativas de se estabelecer critérios de diferenciação clínicos são encontrados na literatura. Eyal (2000) relata que a regra do ABCD utilizada nos melanomas cutâneos não pode ser aplicada ao subungueal. Revisando os dados de literatura que tentam reunir informações capazes de identificar o melanoma subungueal, comparou os dados mais freqüentes e estabeleceu a regra do ABCDEF, como se segue:
A=Age (idade): maior freqüência na 5ª a 7ª década.
B=Black band: faixa marrom ou preta, com mais de 3 mm de largura, irregular
C=Change: Crescimento rápido.
D=Digit: dedo acometido por ordem decrescente de freqüência: Polegar >Halux > Indicador > Mínimo > Múltiplos.
E=Extension: Sinal de Hutchinson.
F=Family: História familiar.

3- Indagações
Baran, Berker e Drawber aconselham analisar as seguintes indagações:
_ As faixas pigmentadas afetam um ou múltiplos dedos?
_ Quais dedos (mãos/pés)?
_ O pigmento pode ser exógeno?
_ Um pododáctilo se sobrepõe a unha envolvida?
_ Há pigmentação periungueal (sinal de Hutchinson)?
_ O pigmento tem um bordo impreciso?
_ O tamanho da faixa aumenta com o tempo?
_ A faixa pigmentar atinge o bordo livre da unha?
_ Há um hematoma linear não migratório?
_ Há um corpo estranho?
Apesar das tentativas de se elucidar clinicamente as ML, o diagnóstico preciso só poderá ser feito por meio do estudo histopatológico. Para isso devemos conhecer as técnicas de biópsia do aparelho ungueal bem como suas melhores indicações específicas para cada caso.

Referência:
Chiacchio N; Melanoníquia Longitudinal: Aspectos Gerais Para Diagnóstico, Jornal da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica ano VII–abril, maio e junho/2002–Nº32

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Dengue: diagnóstico e manejo clínico.

CLIQUE :
Dengue: diagnóstico e manejo clínico/ Dengue: diagnosis and clinical management

Autor(es): Brasil. Ministério da Saúde. Rede Nacional de Ensino e Pesquisa
Fonte: Brasília; Rede Nacional de Ensino e Pesquisa; Nov 12, 2009.

Resumo: Vídeo aborda informações sobre a dengue, uma doença viral transmitida por mosquito, amplamente disseminada nas regiões urbanas tropicais e sub-tropicais. Importante causa de morbi-mortalidade no Brasil e em várias regiões do mundo.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

SEJA UM DOADOR DE MEDULA

O Transplante de Medula Óssea é a única esperança de sobrevivência para muitos portadores de um grande grupo doenças do sangue como as LEUCEMIAS E OS LINFOMAS, entre outras. O maior problema do transplante é o da compatibilidade entre as medulas do doador e do receptor. A chance de se encontrar uma medula compatível entre não-irmãos pode chegar a 1:1000(UMA EM MIL) cadastradas!!!!Por isso, são organizados Bancos de Doadores de Medula Óssea,em todo mundo cuja função é cadastrar pessoas dispostas a doar. Quando um paciente necessita de transplante, esse cadastro é consultado. Encontrado um doador compatível, ele será convidado a fazer a doação. Quanto mais pessoas estiverem cadastradas, maiores as chances de salvar vidas !!!
Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro, que deixará como "cicatriz" definitiva a alegria de ter salvo uma vida .
Para o doente, será a diferença entre a vida e a morte, a ressuscitação com a sua assinatura de doador.

A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo.
Para saber mais, CLIQUE NO LINK DO INCA NA COLUNA AO LADO
TRANSFORME-SE NUM DOADOR E DIVULGUE ESTA IDÉIA

segunda-feira, 4 de abril de 2011

FAÇA O SEU DIAGNÓSTICO...

Uma mulher de 53 anos, branca procurou socorro médico devido a uma descoloração escura da língua(figura A). Quatro semanas antes do desenvolvimento do quadro, havia feito uma cirurgia ginecológica eletiva, da qual ela estava se recuperando.Durante o curso de sua internação,devido a infecção pós-operatória pélvica, fez uso por três semanas de ácido clavulânico amoxicilina e metronidazol.Ela não fumava, mas tinha uma elevada ingestão de bebidas cafeinadas, incluindo seis xícaras de chá e duas xícaras de café por dia. dia 11 de abril será publicado diagnóstico e fonte do caso. Faça seu comentário ele será publicado se voce quiser, colocando OK ao final de sua participação.

11 DE ABRIL DE 2011
DIAGNÓSTICO: Um "swab" de Língua detectou infecção por Candida. Trata-se de um caso de língua pilosa (língua villosa nigra),por Candida secundária ao uso de antibióticos. A língua nigra villosa é uma condição que é muitas vezes atribuída à má higiene oral sendo caracterizada pela hipertrofia e alongamento das papilas filiformes e da falta de descamação normal. A coloração negra é questionada ser devido à infecção secundária por bactérias produtoras de porfirina cromogênico ou leveduras. É mais comum em pessoas mascam tabaco, bebidas cafeinadas ou pacientes infectados pelo HIV. Caracteristicamente confinada aos dois terços posteriores da língua , geralmente não causa sintomas. A paciente foi tratado com uso de fluconazol e em no 7 dias sua língua voltou ao normal(figura B). Referência: The Lancet 2011; 377:1183 (DOI:10.1016/S0140-6736(10)60930-0)

Leia nas publicações do blog,a materia sob o titulo: Língua pilosa (língua villosa nigra) de 14 de setembro de 2009 (Marcadores: medicina interna)

sábado, 2 de abril de 2011

VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão - 2010

SINAIS VITAIS

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quinta-feira, 31 de março de 2011

INSPEÇÃO GERAL

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quarta-feira, 30 de março de 2011

ANAMNESE

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sábado, 19 de março de 2011

DERMATOLOGIA

LESÕES DE PELE: SITE INTERATIVO